Desenvolver atividades industriais não é tão complexo, como é correr atrás de efeitos colaterais. Uma questão é ter um talento excepcional em uma cozinha; outra bem diferente é colocar em linha de produção um alimento, dos quais os vapores, mesmo aromatizados, possam gerar ambiente poluído, sujeito a se reverter em odor deteriorado e, pior ainda, gerar aporte de zoonoses e outras fontes de insalubridade.
Aplicação de coifas
O conceito de coifa consiste em absorver os componentes dos vapores e de subir (como é o esperado em gases aquecidos), para sucção da própria coifa.
Desse modo, ela deve fazer com que os vapores não sofram desvios, ou que seus componentes contaminem o ambiente; assim como os para os alimentos cozidos nas proximidades, principalmente quando o vapor esfriasse e começasse a pairar na atmosfera da cozinha.
Desse modo, em uma Cozinha com coifa, os vapores são filtrados em uma lona primária, quando partículas de maior diâmetro são retidas.
Isto pode não garantir a eliminação dos odores, que pode ser associado a partículas de menor diâmetro.
Considerando o efeito que pode advir como resultado do referido odor, é indicada pela NBR 14518, a instalação de Coifa lavadora.
Esse item funciona exatamente como um lavador de gases. Assim, o vapor aspirado é forçado ao encontro de uma cortina de água, na qual as partículas remanescentes são capturadas, o que emerge dessa cortina de água é ar puro.
Já a água contendo as partículas retidas tem acrescida uma cota de detergente, cuja função é quebrar as moléculas orgânicas, permitindo que a solução possa ser descartada em esgoto.
O Filtro para coifa é, normalmente, feito de lona de feltro. À medida que é usado, o feltro vai ficando impregnado de substâncias orgânicas evoladas dos recipientes em cocção.
Esse fenômeno é mais pronunciado em linhas de produção repetitiva, pois as substâncias capturadas, sempre iguais, se sobrepõem. À medida que criam volume as substâncias obturam o feltro, passando a necessitar de substituição periódica.
Ar para uso em processos
É comum que os processos necessitem de ar isento de partículas em suspensão, que pode até suprir cabines de pintura downdraft.
O equipamento capaz de suprir volumes de ar elevados é chamado de Filtro de mangas. Ele consiste de um compartimento de aço em formato de cabine retangular, ajustado mecanicamente para estanqueidade de precisão.
Ele também é revestido internamente com lona tecida, que fará o papel de filtro. É por meio dessa lona que é formada a pressurização, garantida por insuflador.
O Filtro de manga deve possuir duas escotilhas reversíveis, de modo que seja possível, periodicamente, inverter o sentido da vazão de ar, o que possibilita forçar a poeira retida de volta para a natureza.
Isso possibilita desentupir a trama da lona, proporcionando a renovação da capacidade de filtragem.
Filtragem de águas servidas
Não é incomum que as águas servidas incorporem o lodo. Desse modo, é preciso ter atenção com a forma de filtragem e/ou descarte desse material.
Isso porque o descarte na natureza pode ser contaminante para o meio, seja a água ou o solo. Isso sem mencionar as formas de vida em geral.
Por esse motivo, o descarte deve ser feito em um local com o devido isolamento, após os tratamentos indicados.
Outras opções interessantes são o reaproveitamento deste material em produção, ou ainda a revenda para proveito de outras especialidades industriais.
Neste cenário, cabe destacar que é ainda possível realizar ambas as opções, trazendo benefício pleno tanto para o ambiente como para as produções industriais.
O Filtro prensa, por exemplo, possibilita a separação dos sólidos, produzindo água adequada para ser devolvida ao meio ambiente. Esse tipo de filtro pode atender perfeitamente a empresas atuantes nos setores de:
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Lavanderias;
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Hotelaria;
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Têxteis;
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Cerâmicas;
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Restaurantes.
Contexto histórico
O primeiro filtro de água existiu no antigo Egito, há mais de 4600 anos. Ele foi inventado pelo primeiro praticante de medicina registrado na História, chamado Imhotep.
Na época, ele testou vários materiais como elementos filtrantes, inclusive carvão bruto e areia. Esses esforços acabaram produzindo filtros de água para uso doméstico, feitos de lã, esponja natural e carvão. O uso desse procedimento se popularizou há cerca de 3700 anos.
O tratamento de água em geral sofreu um revés assustador durante a Idade Média, à medida que os habitantes perfuravam poços próximos da residência, mas que também estavam próximos de fossas de dejetos e esterco, o que ocasionou as pandemias de cólera, tifo e lepra.
O saneamento voltou a ser praticado no século XV, com redes de esgoto e adutoras a cargo das prefeituras. Os esforços semeadores variaram de região para região.
Desde 1972, universalizou-se a prática de se acrescentar cloro à água de consumo, o que, se por um lado eliminou uma série de contaminações propagadas pela água para consumo, por outro se mostrou nocivo à saúde.
O fato é que, a tendência mais recente na eliminação de microorganismos da água distribuída para consumo é a exposição a raios ultravioleta