A escolha do parafuso deve ser feita a partir da estrutura em que se pretende instalá-lo e as necessidades que precisam ser atendidas.
Desta forma, é possível encontrar no mercado diversos modelos de parafusos, aplicados em diversas estruturas do setor industrial.
Parafusos de cabeça sextavada
Este tipo de parafuso é o terceiro mais conhecido de quem trabalha em área técnica, perdendo apenas dos parafusos com cabeça de fenda e cabeça phillips.
O motivo é simples: parafusos de cabeça sextavada, como o ASTM A193 B7, são girados à semelhança de porcas sextavadas, que de fato complementam os três tipos de parafusos (com roscas paralelas).
Assim como as porcas, os parafusos de cabeça sextavada podem ser girados com chaves-canhão, chaves de boca, chaves-estrela ou soquetes sextavados, não esquecendo as chaves inglesas, essenciais em uma Norma ASTM A193.
Evidentemente, chaves de boca possibilitam aplicar torques muito superiores aos proporcionados por chaves de fenda, chaves phillips e mesmo outras alternativas, como chaves Allen ou chaves Torxx.
Indicados para montagens mecânicas de porte grande, têm de ser apertados cuidadosamente, pois estão sujeitos a estiramentos(1), espanamentos(2) ou cisalhamentos.
Geralmente, o cuidado pode ser traduzido na limitação de torque em parafusadeiras, elétricas ou manuais, ou pelo uso de torquímetro, que indica com exatidão o valor do torque alcançado.
Trata-se de aplicações muito específicas, caso das montagens de motores, quando os fabricantes especificam o torque necessário e suficiente para montagem de blocos de motores.
Nos casos de estiramento, o parafuso acaba se alongando longitudinalmente e caso possua rosca ao longo de todo seu corpo, esta acabará saindo do padrão. De qualquer modo, o parafuso fica inutilizado;
Nos casos de espanamentos (termo usado na língua espanhola, embora provavelmente oriunda do inglês, da palavra span, que significa alcance ou dimensão), se diz que o parafuso atingiu e provavelmente superou seu limite em percurso ou esforço.
É comum nesses casos, que as estrias do parafuso se soltem devido a cisalhamento. Não são raros os danos se propagam à porca ou à sede da rosca.
Transmissões “sem-fim”
A rosca sem fim é um processo engenhoso de redução para aumento de torque, transmitido ortogonalmente. Consiste de vincular a rosca sem fim a uma fonte de torque (um motor de algum tipo).
Que, ao girar, movimenta uma engrenagem dotada de dentição inclinada. Deste modo, tanto a rosca quanto a engrenagem podem girar indefinidamente.
A imposição de limites ao movimento pode resultar do eixo vinculado à engrenagem: caso se trate de eixo roscado associado a um cursor, são as extremidades de percurso desse cursor, que impõem os limites do movimento.
Uma característica desse tipo de transmissão, é a impossibilidade de retroação: a engrenagem não tem como “devolver” o movimento à rosca sem fim.
Esta característica torna este tipo de transmissão muito seguro, considerado adequado para uso da rosca infinita para alimentador em transportes e em logística.
Conectores industriais
As conexões industriais existem em número respeitável de variedades, motivo pelo qual sempre é mais fácil defini-las fácil partir da aplicação.
Para tanto, é preciso identificar o fluido a ser propelido nas mesmas e que pode variar de gases para consumo humano, como O2 (Oxigênio), passando por ar comprimido, gases inertes ou inflamáveis e gases corrosivos.
Eventualmente variam para líquidos, começando por água, combustíveis (álcool, metanol, gasolina, benzina e óleo Diesel), bebestíveis (sucos, leite, refrigerantes, bebidas recompostas ou sintetizadas, alcoólicas destiladas ou fermentadas).
E mais: lubrificantes, detergentes, ácidos e por aí vai. Uma das variáveis é o gênero do conector, embora o conector macho frequentemente seja o requisitado.
Explica-se: conectores fêmea têm a facilidade de ser recessados, diferente dos conectores macho, que sempre teriam de estar expostos.
Esta filosofia tem um preço: devido às dificuldades de manutenção implícitos aos conectores recessados, o conector macho é geralmente projetado para ter uma estrutura um pouco menos resistente que a do conector fêmea.
Havendo ruptura na estrutura, os acessórios de engate ou rosca, do conector macho, têm a preferência na ruptura; frequentemente montados sobre tubos ou dutos.
Os conectores macho são mais fáceis de ser repostos ou substituídos. Nas categorias de conectores, podem ser listados:
- Espigões;
- Redutores;
- Plugues;
- Cotovelos;
- Engates rápidos;
- Inoxidáveis;
- Etc.
Conectores automotivos
Conectores hidráulicos/pneumáticos são igualmente usados em veículos. Nos automóveis, tem uso nos circuitos de freio, que acionam sapatas de lonas e de pastilhas de frenagem.
Em caminhões, conectores são usados em circuitos de abastecimento de óleo Diesel, assim como nos circuitos pneumáticos de frenagem. São comuns também em dispositivos, que repõem ou controlam a pressão no interior dos pneumáticos.
Roscas cônicas
Roscas de dutos sujeitas a pressurização, geralmente são escolhidas em formato cônico: afunilando discretamente à medida que se afasta do sextavado, este tipo de rosca deve ser conectado a rosca fêmea igualmente cônica.
É costume vedar-se montagens como esta com fita a base de Teflon, porém a conicidade da rosca enfatiza a vedação.
Quanto mais é apertado o sextavado, mais as roscas macho e fêmea assentam mutuamente, favorecendo o contato entre os fios das mesmas, tornando a montagem estanque.